A acne popularmente, conhecida como “espinha”, é uma doença que se deve a vários fatores, e que se manifesta pelo aumento de queratina e sebo nas glândulas sebáceas, o que gera uma infecção do microorganismo conhecido como Propionibacterium acnes no folículo pilosebáceo (região do pêlo de onde sai a glândula sebácea). Geralmente acomete pessoas na idade da adolêscencia, porém é muito comum também na mulher adulta.
Todo esse processo infeccioso gera lesões inflamatórias e não inflamatórias, que podem ser leves ou difusas, com formação de cicatrizes, as quais deixam testa, nariz, queixo, costas e braços com nódulos, pús, feridas e cravos.
Estudos que avaliam os efeitos psicossociais da acne verificaram problemas nas áreas da autoestima, imagem corporal, sociabilidade, interação familiar, limitações no estilo de vida e até depressão. Tendo em vista esses efeitos deletérios na vida dos portadores da acne, o tratamento não deve ser encarado apenas como cosmético, mesmo nos casos mais brandos, mas sim como um recurso poderoso para a restauração da vida social normal.
O tratamento da acne deve ser iniciado o mais cedo possível, visando não somente o fim das lesões, mas também evitando-se as cicatrizes e o mal estar psicológico deixado por elas. Pode incluir antimicrobianos, retinóides, ácidos, anti-inflamatórios, hormônios, isotretinoína, higienizadores e redução dos fatores agravantes – hidratantes, cosméticos, cremes e óleos capilares, medicamentos, ansiedade e estresse.
A escolha do tratamento será feita pela experiência do médico, o qual, levando em consideração o grau da acne (1 a 5), decidirá o melhor tratamento para o seu paciente, podendo ser ele tópico (cremes com adapaleno, tretinoína, azeoglicina, peróxido de benzoíla, salicílico e alfahidroxiácidos), oral (antibióticos, isotretinoína e corticóides), microdermoabrasão ou até mesmo a associação de várias técnicas. Além daqueles cuidados que devem ser tomados sempre, como manter a pele higienizada, usar apenas hidratantes adequados, além de protetor solar em gel, e não espremer as lesões, entre outros.
Apesar de não representar de um modo geral risco de vida ou promover efeitos devastadores à saúde como um todo, a acne promove distúrbios de ordem psicológica, não apenas durante o quadro da doença ativa, como também decorrentes das cicatrizes inestéticas. Por isso, quanto antes você procurar o tratamento com médico especialista, mais rápido você terá de volta a saúde e o BEM ESTAR da sua pele.
Dr. Paulo Roberto Coelho Macieira
Bem Estar – Medicina & Estética